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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sir Thomas Sopwith

 Thomas Sopwith foi para a marinha britânica o mesmo que Glenn Curtiss foi para a marinha dos Estados Unidos da América. Nascido Thomas Octave Murdoch Sopwith em Kensington, Londres, no ano de 1888, foi jogador de hóquei e engenheiro civil. Ainda na infância, um trágico acidente marcou sua vida para sempre. Numa caçada, sua espingarda disparou acidentalmente ferindo mortalmente seu pai. Foi interessar-se pela primeira vez por aviões em 1910, obtendo o certificado do nº31 do Royal Aero Club. Em dezembro de 1910 ganhou um prêmio pelo vôo mais longo entre a Inglaterra e o continente com um avião construído na Grã-Bretanha, voando 272 km em 3 horas e 40 minutos. O prêmio foi utilizado para abrir a Escola de Vôo Sopwith, onde passou os quatro anos seguintes como administrador e instrutor. Por sua escola, passaram muitos dos melhores aviadores britânicos. Ao estourar a Primeira Grande Guerra (1914-1918), não havia indústria aeronáutica capaz de produzir todos os aviões de que necessitavam as forças aliadas. Esse vazio foi então preenchido por Thomas Spowith e a Sopwith Aviation Company.

Sopwith Tabloid


Durante os quatro anos que durou a Primeira Grande Guerra, Sopwith construiu um total de 18.000 unidades correspondentes a 16 modelos de aviões. O primeiro deles foi o Tabloid, em 1913, utilizado em missões de reconhecimento pela Força Expedicionária Britânica na França e na Bélgica. 






Foram construídas apenas 40 unidades, mas apesar disso, possibilitaram ao Sopwith Schneider ser o vencedor do Troféu Schneider em 1914 depois de alcançar uma velocidade de 148 km/h. O Schneider, por sua vez inspirou ao Sopwith Baby, cuja produção começou em novembro de 1914. O Baby era um hidroavião que entrou em serviço na Royal Naval Air Service (RNAS) combatendo contra dirigíveis alemães com dardos incendiários Ranken lançados manualmente.

Sopwith Schneider                                                                      Sopwith Baby



Sopwith Pup



O famoso Sopwith Pup, o primeiro caça britânico a incorporar uma metralhadora com um mecanismo interruptor, entrou em combate em setembro de 1916. Era um avião muito simples, com um motor de 80 cavalos e foi utilizado pela RNAS decolando de porta-aviões, permanecendo em serviço até finais de 1917. O Pup destacou-se bem em seus enfrentamentos contra seu principal inimigo, o Halberstadt D.II, já que era muito mais manobrável que a aeronave alemã. 


Os Triplanos




Depois disso Sopwith experimentou o desenho de um triplano para proporcionar ao avião uma maior sustentação. O triplano de asas curtas era muito manobrável e induziu a Fokker a fabricar o Dr.I. 







Sopwith Camel


O sucessor do triplano foi possivelmente o caça britânico mais famoso da Primeira Grande Guerra, o Camel, chamado assim pela corcunda que formavam as duas metralhadoras sincronizadas, sustentadas na carenagem do motor. O Camel entrou em combate em julho de 1917, e os 5.140 exemplares construídos conseguiram derrubar mais de 1.200 aviões inimigos.


Sopwith Sniper
O melhor avião dos aliados na frente ocidental, o Snipe, também foi obra de Sopwith. Tinha um motor em estrela Bentley de 230 cavalos que lhe permitia voar a uma velocidade e altitude superiores a de seu predecessor. Foram fabricadas aproximadamente 500 unidades durante a guerra e mais umas 1.000 prestaram serviço na RAF até sua retirada de serviço em 1927.

Após a guerra, a Sopwith Aviation Company foi a falência. Sopwith entra novamente no negócio anos mais tarde, em uma nova empresa que leva o nome do seu engenheiro chefe e piloto de provas, Harry Hawker, a Hawker Aircraft. Mesmo depois da nacionalização da empresa, continuou trabalhando como consultor. No dia em que completou 100 anos, uma formação de aviões militares sobrevoou sua casa. Morreu em janeiro de 1989 aos 101 anos de idade.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Amelia Earhart


Amelia
Amelia nasceu em 24 de julho de 1897, no Kansas, EUA. Foi também uma pioneira lendária da aviação. Começou a ter aulas de vôo em 1921, com outra pioneira chamada Anita Snook, em uma aeronave Curtiss JN-4. Um ano depois já tinha seu primeiro avião, um bi-plano amarelo apelidado de canário. Neste mesmo ano bate seu primeiro recorde, voando a 14.000 pés. Em 1923 consegue sua licença de vôo da Fédération Aéronautique Internationale (FAI), sendo a 16ª mulher a consegui-la. Depois do vôo solitário de Lindbergh de New York a Paris, Earhart se torna em 1928 a primeira passageira feminina a cruzar o atlântico a bordo do Friendship, hidroavião Fokker do comandante Wilmer Stultz. Não se conformou em ter feito a travessia como passageira e decidiu realizá-la como piloto, sozinha.
Curtiss JN-4
Assim, na tarde de 20 de maio de 1932, Earhart subiu a bordo de um Lookheed Vega vermelho em Harbour Grace, Canadá. Quatro horas depois de decolar, uma seção do coletor de escapamento quebrou-se e começaram a sair gases quentes, enquanto as chamas envolviam o capô do motor. Embora as chamas tenham se extinguido, Earhart percebeu um vazamento de combustível, a após isso seu altímetro falhou. Enquanto ganhava altitude para não chocar-se com o mar, o coletor acabou rompendo-se por completo, porém seu Vega continuou seu vôo rumo à Irlanda. Ao ver que já se encontrava sobre terra firme, Earhart decidiu por não pousar e seguir em sua rota. Depois de 13 horas e meia no ar Amelia Earhart pousou e se tornou a terceira pessoa a sobrevoar o atlântico, a primeira mulher da história, e também em menos tempo que seus antecessores. Por esse feito recebeu a condecoração The Distinguished Flying Cross
Lookheed Vega
No entanto, a travessia do atlântico não satisfazia por completo os desejos de Earhart, fixando seus objetivos nos recordes transcontinentais estadunidenses de Ruth Nicholls. Novamente no comando de um Lockheed Vega, Earhart decolou de Los Angeles, Califórnia, em 24 de agosto de 1932 e aterrizou em Newark, New Jersey, 19 horas mais tarde, após percorrer 4.023 km. A fome de êxitos de Earhart era insaciável. A façanha seguinte foi o arriscado vôo de 3.875 km entre Honolulu (Hawaii) e Oakland (California) em 18 horas e 16 minutos, entre os dias 11 e 12 de janeiro 1935.
Electra 10E
Sua última aventura foi em junho de 1937, onde junto ao capitão Fred Noonan decide circunavegar o globo, com uma aeronave Electra 10E. Em 2 de julho, depois de voar mais de 30.000 km, seu avião se perdeu em algum lugar do Oceano Pacífico, entre a Nova Guiné Britânica e a Ilha de Howland. Apesar das várias e longas expedições de busca, nada foi encontrado. As especulações sobre seu destino vão desde o pouso no mar por falta de combustível, até o pouso em alguma ilha e posterior execução, por suspeita de estar espionando os japoneses.      




Recordes e realizações 

Recorde mundial de altitude feminino: 14.000 ft (1922) 
Primeira mulher a voar sobre o Atlântico (1928) 
Recorde de velocidade de 100 km (e com 226,80 kg de carga) (1931) 
Primeira mulher a voar num autogiro (1931) 
Recorde de altitude em autogiros: 15 000 pés (4,5 km) (1931) 
Primeira pessoa a cruzar os EUA num autogiro (1932) 
Primeira mulher a voar solo sobre o Atlântico (1932) 
Primeira pessoa a voar solo sobre o Atlântico duas vezes (1932) 
Primeira mulher a receber a “Distinguished Flying Cross” (1932) 
Primeira mulher a efetuar um vôo sem escalas, costa a costa através dos EUA. (1933) 
Recorde transcontinental de velocidade feminino. (1933) 
Primeira pessoa a voar solo através do Pacífico, entre Honolulu, Hawaii e Oakland, California (1935) 
Primeria pessoa a voar solo de Los Angeles, California a Cidade do México (1935) 
Primeira pessoa a voar solo, sem escalas da Cidade do México, à Newark, Nova Jersei (1935) 
Recorde de velocidade de vôo leste a oeste de Oakland, California a Honolulu, Hawaii (1937)

O Filme:

Ficha Técnica


Título original:Amelia

Gênero:Drama

Duração:1 hr 51 min

Ano de lançamento: 2009


Estúdio: Fox Searchlight Pictures / Avalon Pictures / AE Electra Productions

Distribuidora: Fox Searchlight Pictures

Direção: Mira Nair

Roteiro: Anna Hamilton Phelan e Ronald Bass, baseado no livro "East to the Dawn: The Life of Amelia Earhart", de Susan Butler, e "The Sound of Wings: The Life of Amelia Earhart", de Mary S. Lovell

Produção: Lydia Dean Pilcher, Kevin Hyman e Ted Waitt

Música: Gabriel Yared

Fotografia: Stuart Dryburgh

Direção de arte: Nigel Churcher e Jonathan Hely-Hutchinson
Edição: Allyson C. Johnson e Lee Percy  
Efeitos especiais:Gentle Giant Studios / Invisible Pictures / Mr. X / Rodeo FX