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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Howard Hughes

Hughes ao lado do H-1
Filho de um magnata do petróleo de Houston (Texas, EUA), herdou uma fortuna que logo foi revertida em duas das indústrias mais sólidas da Califórnia na época: o cinema e a aeronáutica. Após adquirir certo prestígio com filmes como “Os Anjos do Inferno”, Hughes desviou sua atenção para as competições aéreas, onde estabeleceu vários recordes. Em 1935 construiu com Dick Palmer o H-1, um avião de competição que com 576 km/h bateu o recorde de velocidade. Em 1937 o H-1 estabeleceu o recorde transcontinental de velocidade ao voar de Los Angeles à Newark (Nova Jersey) em 7 horas e 28 minutos.





O Lockheed deixando New York




Um ano mais tarde fixou seus objetivos na volta ao mundo, quando circunavegou o planeta em 3 dias, 19 horas e 17 minutos a bordo de um Lockheed 14, reduzindo a metade o tempo de Wiley Post.









O gigante Spruce Goose
Durante a Segunda Grande Guerra, produziu apenas duas aeronaves militares, o XF-11 e o Hércules HK-1 Spruce Goose, que não chegaram a ser concluídos até o final da guerra. O Spruce Goose só voou uma vez, durante uma milha, a uma velocidade de 130 km/h e a 20 metro de altitude, no Porto de Long Beach. Construído totalmente de madeira devido a escassez de metais durante a guerra, após o primeiro vôo foi devolvido ao seu hangar de onde nunca voltou a sair enquanto Hughes estivesse vivo.



O XF-11 inspirado no P-38 da Lookheed




A partir daí a vida de Hughes tornou uma ruína. A maioria de suas iniciativas terminou com grandes perdas econômicas. Viciado em analgésicos, em 1958 sofreu uma crise nervosa e se recolheu aos seus hotéis em Beverly Hills e Las Vegas. Em 1973 foi eleito para fazer parte do Hall da Fama da Aviação, mas não assistiu a cerimônia, e em seu lugar indicou um dos membros da tripulação que em 1938 o acompanhou em sua volta ao mundo.



Morreu em 5 de abril de 1976, no ar, onde havia passado boa parte de sua vida, em uma ambulância aérea que trazia de sua casa em Acapulco a Houston.  



O filme:


Título original:The Aviator

Gênero:Drama

Duração:2 hr 48 min

Ano de lançamento: 2004

Site oficial:

Estúdio: Warner Bros. / Miramax Films

Distribuidora: Warner Bros. / Miramax Films

Direção: Martin Scorsese

Roteiro: John Logan

Produção: Sandy Climan, Charles Evans Jr., Graham King e Michael Mann

Música: Howard Shore

Fotografia: Robert Richardson

Direção de arte: Martin Gendron, Robert Guerra, Claude Paré, Michele Laliberte, Réal Proulx e Daniel Ross

Figurino: Sandy Powell

Edição: Thelma Schoonmaker
Efeitos especiais:Sony Pictures Imageworks / Aero Telemetry Corporation / Camera e-Motion / New Deal Studios

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Barão Vermelho

Um dos mais famosos ases da aviação, senão o mais, é o conhecido Barão Vermelho, o alemão Manfred von Richthofen, também conhecido como “O Pequeno Vermelho”. Nascido em Schweidnitz, Breslau em 2 de maio de 1892, filho do comandante Albrecht von Richthofen, estava destinado desde o nascimento a carreira militar. Alistou-se no 1º Regimento de Ulanos, sendo mandado para o front russo já no início da Primeira Grande Guerra, mas logo percebeu o avanço das técnicas e armas de guerra, transferindo-se para a Fliegertruppe, a força aérea alemã. As batalhas aéreas tinham muito mais glamour que as trincheiras repletas de lama, ratos, piolhos e cadáveres, e afinal, Manfred fazia parte da nobreza Prussiana, os famosos Junkers.
Em janeiro de 1917, com 16 vitórias confirmadas, foi condecorado com a Cruz do Mérito, a medalha militar mais honrada da Alemanha Imperial, como o melhor às da aviação germana vivo. Resolveu então pintar parte da cauda de seu Albatros D.III de vermelho, vindo daí o seu apelido. Os motivos da pintura até hoje são uma polêmica ainda não encerrada: poderia ser para que as tropas alemãs o reconhecessem e não disparassem; pelo sangue de suas vítimas, ou em honra ao seu antigo regimento de cavalaria, cuja cor também era o vermelho. Interessante a reação de alguns pilotos britânicos: pintaram o nariz de suas aeronaves também de vermelho, indicando que sempre decolavam em busca do Barão vermelho.
Ainda em 1917 passou a pilotar o famoso Fokker DR.I Triplano. Apesar de ter pilotado diversos modelos de aviões durante a guerra, este Fokker ficou associado ao seu nome, sendo o único avião pintado inteiramente de vermelho.
Seus dias de batalhas terminaram em 21 de abril de 1918, enquanto perseguia o Sopwith Camel do tenente Wilfred May, sobre território aliado, ignorando uma de suas regras que era nunca, jamais perseguir um inimigo em seu território sem um segundo piloto para lhe dar cobertura. Uma bala o atingiu do lado direito do peito, tirando-lhe a vida, e o autor do disparo jamais será conhecido. Pode ter sido May, de seu avião, ou da artilharia antiaérea australiana em terra, ou uma bala perdida. Foi autopsiado e sepultado com honras militares pelos seus inimigos, o que mostra o respeito pelo maior às da aviação da Primeira Grande Guerra, abatido depois de 80 vitórias em combates aéreos.

FICHA TÉCNICA - FOKKER DR.I
País de Origem: Alemanha
Tipo: avião de reconhecimento armado monoposto
Propulsão: 1 motor a pistão rotativo de 9 cilindros Oberusel Ur. II de 110HP (82KW)
Desempenho: velocidade máxima 185km/h (115mph); teto de serviço 6.100m (20.015ft); autonomia de 1h e 30min.
Pesos: vazio 406kg (894lb); máximo de decolagem 586kg (1.291lb)
Dimensões: envergadura 7,19m (23ft 7in); comprimento 5,77(18ft 11in); altura 2,95m (9ft 8in); área alar 18,66m2 (201ft2)
  Armamento: 2 metralhadoras fixas de tiro frontal LMG 08/15 de 7,92mm

Vale uma conferida no filme.


The Red Baron (2008)
País: Alemanha
Elenco: Matthias Schweighöfer, Til Schweiger, Lena Headey, Joseph Fiennes, Volker Bruch, Maxim Mehmet, Tino Mewes, Ralph Misske.
Direção: Nikolai Müllerschön
Gênero: Ação / Aventura / Drama
Duração: 124 min